segunda-feira, 30 de abril de 2012

7.ª Corrida do SL Benfica – António Leitão


Mais um Domingo, mais uma prova. Depois de na quarta-feira ter corrido a 30.ª Corrida do 25 Abril, tinha agendado a corrida do Benfica para voltar a correr na Catedral.
Sou Benfiquista, o que pode de algum modo ajudar a valorizar esta corrida com uma opinião um pouco tendenciosa, mas de certeza que não temos muitas provas de 10km com 3 abastecimentos durante o percurso, mais 1 à chegada, com uma partida para a prova principal e outra para a prova não competitiva, com massagens e bebida isotónica no fim e ainda ter o “incentivo” de correr alguns metros dentro da catedral.
(Na partida com a Familia Parro)

Apesar do preço pouco aliciante, este tinha associado um donativo obrigatório para Fundação Benfica, o que penso se ajustar tendo em conta a elevada qualidade da organização. Creio que apesar da boa organização existiu uma falha, o facto das 2 corridas terem um último km em conjunto. É verdade que cria moldura humana, é verdade que não é o atleta de pelotão que vai ganhar uma prova, mas não deixa de ser verdade que todos nós que participamos em provas, fim-de-semana após fim-de-semana, gostamos de correr, de competir, de nos esforçarmos um pouco mais e de ser tratados com um nível adequado a esse esforço. Não tiro valor aos milhares que participaram na prova de 5 Km (não competitiva), pelo contrário, elogio a atitude, a vontade, o querer, porque se hoje correram 5km, amanhã podem correr os 10km. E amanhã quando correrem os 10km também vão querer sentir que subiram um patamar porque quiseram correr mais. De resto, bem, de resto 5 estrelas a corrida do Benfica 2012, recheada de amigos e caras conhecidas, de atletas de elite e acima de tudo de benfiquistas.


(Ao 2Km, ou perto disso)

A minha corrida, foi mais um rolar para ganhar mais uns km´s rápidos que outra coisa, passei aos 5km com 19m38s e apesar de não forçar muito o andamento acabei com 41m21s. É certo que perdi muito tempo no último km, perto de 1 minuto (dados do garmin), mas é certo que nunca arrisquei um andamento mais forte, limitei-me a deixar ir na corrente Benfiquista. E ao fim lá estava o benfiquista Fidalgo mais velho, leia-se o meu Pai, que espero bem que para o ano calce os ténis para corrermos esta prova lado a lado, pois vestir o fato de treino e não correr é coisa que não se quer.

Tempo - 41m21s
Lugar Escalão - 122º
Lugar Geral - 220º
Atletas chegados - 3308

terça-feira, 3 de abril de 2012

9ª Corrida de Solidariedade ISCPSI / APAV


Uma semana após a emotiva meia maratona de Lisboa, e mais uma vez sem calçar os ténis em toda a semana para um simples treino, desloquei-me a Alcântara para uma das minhas provas obrigatórias, a 9ºCorrida de Solidariedade ISCPSi/APAV. A minha terceira participação, desta vez com a companhia do meu amigo Luis Carapeto.


Sendo para mim uma prova obrigatória pela mensagem social que tenta transmitir, é também uma prova por norma sem grande ambição de resultados, apesar de ser bastante rápida com um percurso totalmente plano. Motivado pelo resultado da meia de Lisboa, e apoiado nos últimos tempos que tinha feito em provas de 10Km, considerei que mesmo sem treinos podia tentar chegar perto do meu melhor tempo na distância. 40min38s na última corrida do Tejo.
Com um nível de organização de fazer inveja a muitas outras provas, a Corrida da APAV estava naturalmente menos concorrida este ano, muito por culpa da existência da Corrida dos Sinos e dos trilhos de Almourol no mesmo dia. Mesmo assim com perto de 500 Participantes na corrida de 10Km a contar com a presença de alguns elementos de equipas bastante conhecidas do atletismo nacional.
10h30, Tiro de Partida. Parti bastante bem e automaticamente percebi que estava num grupo com um andamento que não era o meu, pois ao 1km passava no grupo dos primeiros 15 com um andamento na casa dos 3min30s\Km. É bastante motivador, mas a partir do primeiro km sente-se uma frustração enorme, pois apesar de ir no meu melhor andamento os outros ainda estavam a aquecer e rapidamente passaram para um ritmo perto dos 3min\km. Olhei para o garmin e decidi baixar um pouco o andamento e controlar até aos 5km, depois…. bem depois logo se via como seria a 2ªparte da prova. Como é normal em todas as provas, a “elite” vai embora e nunca mais os vimos, depois vem a avalanche dos semi-craques, futuros craques e antigos craques que passam por nós com um andamento de fazer inveja e claro que a seguir vem o pelotão onde estamos normalmente inseridos. A avalanche passou por mim ainda antes do abastecimento, mas desta vez estava bastante decidido a dar luta para ficar por ali. Passado o abastecimento nem reparei no tempo que estava a efectuar, limitava-me a tentar manter uma passada rápida para não perder a distância para um grupo que seguia cerca de 20metros mais á frente. A água nesta altura caiu bastante bem, mas o problema foi que para o tal grupo deve ter caído bastante melhor, pois os 20metros rapidamente passaram a 30 e depois a 40metros de distância.
Como o ritmo aumentou o grupo partiu-se um pouco o que me ia motivando, cada um que perdia o contacto com o grupo, era o meu alvo a abater e logo aumentava o ritmo para o apanhar. Depois de apanhar e ultrapassar uns 5 elementos que iam ”caindo”, fiquei lado a lado com uma atleta feminina que ia num ritmo bastante semelhante com o meu. A corrida tem destas coisas, sem palavras fomos naturalmente puxando um pelo outro numa tentativa de acelerar o ritmo, o que cedo começou a dar frutos pois fomos diminuindo a distância para uns atletas que seguiam á nossa frente. Até ao fim foi um remar em conjunto para levar o barco a bom porto. Ao entrarmos nos últimos 150 metros, agradeci naturalmente a companhia e transmiti-lhe umas palavras de força para o sprint final. Foi ao entrar nos últimos 100 metros que finalmente voltei a olhar para o relógio, e fiquei completamente baralhado pois marcava 39min e qualquer coisa. Coloquei os olhos na estrada e apertei também eu para o sprint final. Cortei a meta com 39min 22Seg. Nem queria acreditar pois tinha acabado de bater o melhor tempo em 1min e 16seg. após mais uma semana sem calçar os ténis. Estava de tal modo eufórico e motivado pelo meu desempenho que mesmo com o saco dos “brindes” e o copo da bebida isotónica na mão voltei para trás a correr para acompanhar o Luis carapeto nos seus últimos metros. Só quando cheguei a casa junto dos meus pequenotes e da minha mulher é que comecei a interiorizar melhor aquele registo de 39min e 22Seg que para mim, desculpem a ousadia, é simplesmente fantástico.